Em busca da classificação para a fase de grupo da Copa Libertadores, o Bahia foi ao Uruguai encarar o Boston River, pela terceira fase da competição. Em um jogo controlado pelo time baiano, e marcado por um gramado ruim, o Tricolor mostrou pouco poder ofensivo em cima de um adversário totalmente fechado na sua linha de defesa. Mesmo assim, com o placar final em 0x0, o resultado é bastante positivo e a partida de volta será em sua casa, na Arena Fonte Nova.
Diante de um Boston River que não se preocupava em atacar, o Esquadrão deixou um gosto "amargo" na boca do seu torcedor, pois não conseguiu penetrar na zaga do adversário. Além disso, lembrou seus piores momentos da temporada passada com uma posse de bola genérica.
Rogério Ceni escolheu começar novamente com o 3-4-3, usando Juba como um ala que infiltra pelo meio. Os três zagueiros seriam para proteger com mais altura e entendimento defensivo, para um possível ataque com dois atacantes do adversário, porém, o Boston River deixou somente um atacante flutuando e que mal fazia uma pressão forte na zaga do Bahia.
O Bahia teve controle das ações em dois terços do campo, mas muita dificuldade para entrar na área do Boston River. A primeira finalização aconteceu aos nove minutos, em participação de Jean Lucas na área como elemento surpresa para cabecear para fora, bola levantada por Everton Ribeiro.
Aos 27 minutos do primeiro tempo, Jean Lucas exigiu grande defesa de Antúnez em finalização de fora da área. Naquele momento se imaginou que o Bahia iria ganhar confiança e pressionar o adversário. Mas a produção ofensiva do Tricolor se resumiu a isso.
MUDANÇAS FORAM NECESSÁRIAS NO ATAQUE:
Já que os meio campistas não estavam conseguindo entrar na zaga adversária, Rogério Ceni optou, aos 15 minutos do segundo tempo, usar o 4-3-3 e dobrar com jogadores na lateral, com Juba e Gilberto, que entrou no lugar de Gabriel Xavier. Mudança essa que veio após o Bahia tomar um gol, mas anulado por impedimento. Porém, novamente não deu certo.
Com as cinco trocas realizadas, o Tricolor terminou o segundo tempo de forma monótona e pior que na primeira etapa. Refém de cruzamentos para a área, o Bahia até aumentou em posse de bola no geral (64%), mas finalizou apenas uma vez ao gol no segundo tempo e fora do alvo.
UM EMPATE É BOM:
Mesmo "decepcionando" com o futebol apresentado, na Copa Libertadores um resultado de empate, fora de casa e ainda em um mata-mata, é um resultado bastante bom. Agora o Bahia precisa se motivar e entregar o futebol que o elenco tem potencial para entregar. O jogo de volta será em casa, na Arena Fonte Nova, na terça-feira (11), às 21h30, em um jogo que promete ter casa cheia.
Mas antes dessa decisão, o time baiano viajará para Feira de Santana, enfrentar a Jacuipense, em cenário que pode lembrar o encontrado no Uruguai. O Tricolor precisa vencer o adversário após perder o jogo de ida por 2 a 1. Furar o bloqueio do Jacuipense será um bom teste antes da partida decisiva da Libertadores.
